Faz muito tempo que eu não escrevo em primeira pessoa.
Não escrevia mais em primeira pessoa porque estava, há muito tempo, vivendo na primeira pessoa, do plural.
Além disso, como é difícil abandonar o "juridiquês"!
Esse blog antigamente se chamava: “Livre, pensadora, ativa e feliz”.
Foi assim que eu nasci e é assim que todos nós nascemos: seres livres, pensantes, ativos e que buscam a felicidade.
Foi assim que eu nasci e é assim que todos nós nascemos: seres livres, pensantes, ativos e que buscam a felicidade.
Vamos crescendo, adquirindo responsabilidades e os condicionamentos impostos nos afastam dessa realidade.
Deixamos o “ser”, pelo “parecer ser”.
No meu caso, blogar começou como um desabafo.
Como advogada e mulher, comecei a observar que a justiça é lenta.
O próprio ex- Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos admitiu publicamente que é assim e eu, que não tenho tanta experiência jurídica quanto ele, não contesto.
Por esse motivo comecei a blogar para reclamar e desabafar, no mesmo tempo em que recebi os poderes de Madre Teresa de Calcutá (sem preparo psicológico para tanto).
Era tal de abrir o Orkut e ter uns 10 depoimentos, começados com a frase: “Oi linda” (mesmo expediente emocional usado pelos meus ex-alunos da pré- escola, quando pediam para ir ao banheiro),
Era tal de abrir o Orkut e ter uns 10 depoimentos, começados com a frase: “Oi linda” (mesmo expediente emocional usado pelos meus ex-alunos da pré- escola, quando pediam para ir ao banheiro),
em seguida vinha a frase “preciso de sua ajuda”, continuando com a frase “porque você entende de Direito” e terminando com “não tenho como pagar advogado”.
Sei como é difícil, até os advogados, creiam, acabam precisando de ajuda jurídica e também são seres humanos (segure esse riso), com deveres e direitos.
Já advoguei em troca de serviços (pintura de casa, por exemplo, no valor da tabela da OAB) e sei que não há como evoluir assim.
Por força de outras circunstâncias precisei parar e, nesse tempo, comecei a estudar TIC, Ead e mídias sociais. Comecei a cuidar de mim. Gostei.
Os resultados estão começando a aparecer: freelas, indicações e convites, os quais estou estudando com muita cautela e acredito que uma pós-graduação é necessária. Continuo advogada, direito de família e relações de consumo acabaram por ser a minha especialidade.
Quanto ao “Pensares”, vai bem, obrigada. Do jeitinho que eu sempre quis.
Prefiro que meus clientes façam ótimos acordos, do que travar uma cruzada, inglória e lenta, atrás de punições baseadas em espírito de vingança.
Aprendi que devo dar o devido valor ao meu trabalho, prefiro poucos, bons e bem remunerados casos.
Fiquei muito feliz quando o “Pensares” atingiu, nessa semana, 10.000 acessos. Mais feliz ainda porque ele não tem uma fórmula pronta, vai se aprimorando e me leva com ele.
As benemerências, lamento, deixo para campanhas e voluntariado.
As benemerências, lamento, deixo para campanhas e voluntariado.
Agradeço a todos que deram dicas, forneceram materiais e comentaram.
Em breve voltarei a escrever sobre direito e esclarecerei as dúvidas referentes ao tema abordado.
Aguardem.
Foto: Mandinha Lopez .
Montagem: Luizabet.
Link: Youtube.
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