quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Verdadeira Alquimia.


Certa vez um andarilho apareceu numa aldeia da Idade Média. 
Dirigiu-se à praça central da cidade, anunciou-se como alquimista e disse que ensinaria como transformar qualquer tipo de metal em ouro. 
Algumas pessoas pararam para ouvi-lo e começaram a proferir gracejos e ridicularizá-lo. 
O estranho não se abalou com as chacotas, pediu um pedaço de metal e alguém entregou-lhe uma ferradura, um outro ofereceu-lhe um prego. 
O alquimista então pegou ambas as peças, e ainda sob as risadas dos incrédulos, colocou-as numa pequena vasilha e derramou sobre elas o conteúdo de um frasco que havia retirado de sua sacola. Permaneceu alguns segundos em silêncio e o fenômeno aconteceu: a ferradura e o prego tornaram-se dourados. Uma sensação de espanto percorreu a multidão que se avolumava cada vez mais na praça. 
O alquimista levantou as peças de ouro para que todos pudessem admirar a transmutação.
Um ourives presente no local pediu para examinar os objetos e foi atendido. 
Em pouco tempo, revelou serem as peças de ouro puríssimo como nunca tinha visto.
As pessoas agitaram-se e agora queriam ouvir.
O alquimista então pegou um grosso livro de sua sacola e disse estar nele o segredo da transmutação dos metais em ouro. Em seguida, entregou o livro a uma criança próxima e partiu tranqüilo.
Ninguém o viu ir embora, pois todos os olhos mantiveram-se fixos no objeto nas mãos da criança. 
Poucos dias depois, a maioria das pessoas possuía uma cópia do valioso manuscrito, assim a receita para produzir ouro passou a ser conhecida por todos.
Contudo, a fórmula era complexa. Exigia água destilada mil vezes no silêncio da madrugada e ingredientes que deveriam ser colhidos em noites especiais e em praias distantes.
No início todos puseram as mãos à obra, mas com o passar do tempo, as pessoas foram desistindo do trabalho.
Era muito penoso ficar mil noites em silêncio esperando a água destilar. Além disso, procurar os outros ingredientes era muito cansativo.
As pessoas foram desistindo. 
E, à medida que desistiam, tentavam convencer os outros a fazerem o mesmo. 
Diziam que a forma era apenas uma galhofa deixada pelo alquimista para mostrar como eram tolos. Assim, muitos e muitos outros, influenciados pelos primeiros, também desistiram. 
Mas, um pequeno grupo prosseguiu com o trabalho.
Apesar de ridicularizados pelo resto da aldeia, continuaram destilando a água e fizeram várias viagens juntos à procura dos ingredientes da fórmula.
O tempo correu, e a quantidade de histórias divertidas, e de situações que eles passaram juntos, desde que começaram a seguir a fórmula, cresceu.
E o grupo dos aprendizes de alquimia tornou-se cada vez mais unido. 
Converteram-se em grandes amigos. 
Até que em um mesmo dia, todos que tinham começado juntos, viraram a última página das instruções do livro, e lá estava escrito:

"Se todas as instruções foram seguidas, você tem agora o líquido que, derramado sobre qualquer metal, transforma-o em ouro. Entretanto, agora você já percebeu que a maior riqueza não está no produto final obtido, mas sim no caminho percorrido. O que nos torna infinitamente ricos não é a quantidade de ouro que conseguimos produzir, mas os momentos que compartilhamos com os verdadeiros amigos".

(Autor desconhecido)

Enviado por:  @WagnerPon 
Imagem: http://marianefreitas.edublogs.org/
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2 comentários:

-*Vera Luz*- disse...

Olá Lindona!

Cada vez que leio esta citação, me lembro de que o mais interessante não é chegar no local onde programamos para viajar e sim curtir o caminho até que cheguemos lá, e é assim que evitamos os acidentes, estando conscientes de cada passagem, ativos em cada desafio e mantendo nossa energia para curtir toda a paisagem! Cada vez que venho aqui me encanto com seu blog!

Um abraço,
"Todo o Conhecimento é Luz que Inspira a Alma" -*Vera Luz*-

Gy Camargo disse...

Olá amiga querida e iluminada!
Obrigada pelas suas palavras,sempre incentivadoras, motivantes e sábias.
Curtir o caminho. Esse é o segredo. Mesmo quando acontecem pequenos imprevistos que engrandecem a nossa existência.
Obrigada.
Bjks no coração,
Gys