Como abordar a questão da diversidade sexual e de gênero na educação infantil? Qual a melhor forma de introduzir conceitos como sexo, gênero e diversidade na educação infantil? Pais e professores indagam qual seria a melhor forma de fazê-lo e a adequadação à faixa etária. Essas e outras perguntas, de igual relevância, fazem parte dos novos dilemas do professor moderno.
Crianças e adolescentes têm acesso cada vez mais rápido às questões sexuais como: relações sexuais, reprodução, gravidez na adolescência, HIV, doenças sexualmente transmissíveis e violência sexual contra vulneráveis. Também se faz necessário abordar a diversidade de gêneros, a homofobia, o sexismo e demais assuntos que exigem extrema cautela quando
Crianças e adolescentes têm acesso cada vez mais rápido às questões sexuais como: relações sexuais, reprodução, gravidez na adolescência, HIV, doenças sexualmente transmissíveis e violência sexual contra vulneráveis. Também se faz necessário abordar a diversidade de gêneros, a homofobia, o sexismo e demais assuntos que exigem extrema cautela quando
Com o desenvolvimento humano e a necessidade de reeducação sexual, é necessário um novo olhar para as ferramentas intermediárias do processo de ensino, abordagem e aprendizagem relativos à diversidade sexual e de gênero. Fantasiar e tentar abordar o assunto através de contos clássicos e mitos não mais ensinam, sequer educam e muito menos previnem. O conteúdo precisa trabalhado de forma realista, porém adequada à idade.
Na educação infantil, inicialmente, devem ser trabalhadas as questões básicas como: sexo e diferenciação de gênero.
No livro “Gênero, Sexualidade e Educação”, Guacira Lopes Louro chama atenção para as possibilidades de educação sexual com especial atenção às diferentes posições do sujeito e de identidades na modernidade, frisando principalmente as mudanças na relação homem-mulher, nas relações étnicas, classistas, sexuais e políticas.
O professor deverá abolir do seu discurso qualquer resquício de sexismo, racismo ou etnocentrismo. É imprescindível que o professor de educação infantil esteja consciente das
etapas da sexualidade infantil, despindo-se de preconceitos e entendendo que a criança vê a sexualidade de forma diferente do adulto.
etapas da sexualidade infantil, despindo-se de preconceitos e entendendo que a criança vê a sexualidade de forma diferente do adulto.
É necessário que o professor saiba da necessidade de dar a nomenclatura certa aos órgãos sexuais, com naturalidade, desde a mais tenra idade.
Como se abordar essas questões de forma multidisciplinar?
Esclarecer que a sexualidade faz parte da vida do ser humano e que se deve falar sobre ela, trabalhando a comunicação e expressão nas atividades de roda da conversa
Dar abertura aos alunos para que perguntem, uma vez que a sexualidade diz respeito ao corpo e a emoção dos seres humanos, desenvolvendo também a comunicação e expressão.
Divulgar que a sexualidade tem a ver com identidade e gênero, sexo e reações do corpo humano a estímulos físicos, trabalhando classificação, seriação e iniciação às ciências.
Entender que a criança é sexual desde o momento em que nasce e tratar com naturalidade o autodescobrimento, abordando também a questão da privacidade e respeito ao corpo, sabendo que a criança não vê o sexo com a mente de um adulto, trabalhando iniciação às ciências, interação social e comunicação e expressão.
Responder, de forma clara e direta as perguntas das crianças, quando elas manifestarem a curiosidade sexual trabalhando, também à iniciação às ciências, interação social e comunicação e expressão.
O professor deve ter ciência que a sexualidade está diretamente ligada com a auto-estima do aluno e, dessa forma, além de usar as palavras e termos adequados, jamais deverá referir-se ao sexo e a diversidade de gêneros como algo sujo ou pecaminoso.
Formas de se trabalhar diversidade sexual e de gênero na educação infantil, através do uso de materiais educativos:
Livros infanto juvenis: existem, na literatura infantil, ótimos livros, como: “O Menino Que Brincava de Ser”, que conta a história de Dudu, o menino que gostava de se fantasiar de menina e introduz o tema dos papéis sexuais, trabalhando comunicação e expressão e artes.
Vídeos educativos: A série da TV Escola “Direitos do Coração” que é a história de uma família que sofre por causa do alcoolismo, desemprego, só a mãe sustenta a casa e trabalha essa questão de forma lúdica trabalhando interação social.
Jogos, bonecas e bonecos: Família colchete, que são nove bonecos em cada kit, com os respectivos órgãos sexuais, representando pais, avós, casal de jovens, adolescentes e dois bebês. Todos os bonecos possuem colchetes em lugares estratégicos para simular cenas como pegar na mão ou beijar, da Semina Produtos Educativos, trabalhando vários conteúdos.
Pensar em um ensino totalmente livre, sobre a questão da diversidade sexual e de gênero, no ensino infantil, é ilusório, pois exige uma nova postura do professor e o envolvimento dos pais e responsáveis no processo, mas usar recursos didáticos é mais que possível!
Família Colchete Negra.Família Colchete Branca.
Projeto desenvolvido no CMEI Lar da Criança, no perído entre agosto e setembro de 2010, com a turma Maternal I B, turno matutino, sob a responsabilidade da professora Maria Valndencleide da Graça Almeida.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2010.
MARTINS, G.C. O menino que brincava de ser. DCL Difusão Cultural.
3 comentários:
Parabéns pelo post! Adorei!
Sergio Viula
www.glsgls.blogspot.com
Gy, olha a repercussão que o teu texto está tendo lá no Fora do Armário. Estou copiando aqui o comentário de uma leitora e minha resposta:
Diário de Déborah Lacastter disse...
Sua postagem caiu como uma luva na minha vida, estou me graduando em pedagogia e estou vendo justamente uma disciplina onde precisarei construir um projeto de pesquisa. No caso já havia pensado e falado a professora a minha intenção em pesquisar algo relacionado justamente a sexualidade na educação infantil, mais não tinha tanta fontte. Vou utilizar sua postagem com referência bibliográfica e gostaria que quando concluido meu projeto de pesquisar portar em seu blog. Por favor se puder me add no msn ou e-mial este é o meu endereço: glauberg1@hotmail.com.
16 de maio de 2011 08:14
Sergio Viula disse...
Que bom que você gostou do post! Foi uma sugestão de Gy Camargo, que é a autora do texto. O blog dela é: http://gyblogs.blogspot.com/2011/01/possibilidades-didatico-pedagogicas.html
Ela também tem twitter: @gylivre
De qualquer modo, se desejar entrar em contato comigo pode usar o sviula@hotmail.com
Sugiro que entre em contato com ela para mais informações e material e sobre o trabalho que ela desenvolve.
Obrigado por ler esse blog e encontrar nele inspiração.
Abraço grande,
Sergio Viula
Obrigada Sérgio.
É muito bom ter um trabalho que fiz com tanto carinho e respeito reconhecido.
Só tenho duas palavras para dizer: MUITO OBRIGADA.
Agradeço, de coração a sua divulgação.
Estarei sempre atenta às novidades do seu blog (adorei o layout novo!!!)
Um grande abraço e muita paz!
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